A adolescência é o momento da auto-descoberta, repleta de indagações, dúvidas, medos, tabus e preocupações. Um momento de alterações físicas, um borbulhar de emoções...
Nesse momento decisivo da vida do adolescente, a tábua de salvação para muitos pode ser a escola. A presença da escola, por meio da acção dos seus professores, poderá permitir a esse aluno a vivência da sua sexualidade de maneira plena e saudável.É fundamental que a escola crie um ambiente para discussão franca e aberta sobre sexualidade, deixando de lado os próprios preconceitos.É dentro deste espírito que a Lei nº 120/99, de 11 de Agosto, regulamentada pelo Decreto-Lei n.º 259/2000 de 17 de Outubro,consagrou medidas de promoção da educação sexual, da saúde reprodutiva e da prevenção de doenças transmitidas por via sexual, bem como relativas à efectivação da interrupção voluntária da gravidez nos casos que esta é legalmente admissível. A aplicação dessas medidas é da competência dos estabelecimentos de ensino e de saúde, quer através de intervenções específicas quer desenvolvendo acções conjuntas, em associação ou parceria. O mesmo documento refere que a promoção da educação sexual em meio escolar deve ter por base «uma organização curricular dos ensinos Básico e Secundário» que contemple a abordagem da sexualidade humana «quer numa perspectiva interdisciplinar, nomeadamente na área de projecto e da educação para a cidadania, quer integrada em disciplinas curriculares, quer integrada em disciplinas cujo programa incluem a temática».
O debate sobre a Educação Sexual está, pois, em aberto nas escolas. Sendo uma área importante a desenvolver, suscita, todavia, um número considerável de problemas e de dúvidas, nomeadamente quanto:
-ao programa curricular a implementar;
-ao perfil do professor responsável pela sua dinamização;
-à sua abordagem nas diferentes disciplinas;
Muitas outras dúvidas se colocam, certamente, aos nossos alunos... fica, assim, aberto o debate...